Thursday, April 8, 2010

Um pouco de Adam Smith

Biografia

Adam Smith, considerado o formulador da teoria econômica, nasceu em 1723, em Kirkcaldy, na Escócia. Nos anos de 1751 a 1764 ensinou filosofia na Universidade de Glasgow onde publicou seu primeiro livro, “A Teoria dos Sentimentos Morais”. Contudo, foi com outra obra que ele conquistou grande fama: “Uma Pesquisa Sobre a Natureza e as Causas das Riquezas das Nações” ou “ Riqueza das Nações”, lançado em 1776.

Fases da vida de Smith:

- Com 15/16 anos de idade, foi estudar filosofia moral na Universidade de Glasgow. - Em 1740, entrou na Universidade de Oxford. - Em 1748, começou a lecionar em Edimburgo. - Em 1750, conheceu David Hume, importante filósofo do período que se tornou seu grande amigo. - Em 1751, tornou-se professor de Lógica e Filosofia Moral na Universidade de Glasgow. - Em 1759, publicou sua obra Teoria dos Sentimentos Morais. - Em 1763, Adam Smith deixou de ser professor para assumir o cargo de tutor do duque de Buccleuch. - Entre 1764 e 1766, viajou pela França onde conheceu grandes intelectuais da época, entre eles d’Alembert, Turgot e Helvetius. - Em 1776, publicou sua grande obra: A Riqueza das Nações. - Em 1778, recebeu o cargo de comissários da alfândega da Escócia.

A Teoria

Em plena época do Iluminismo, Adam Smith tornou-se um dos principais teóricos do liberalismo econômico. Sua principal teoria baseava-se na ideia de que deveria haver total liberdade econômica para que a iniciativa privada pudesse se desenvolver, sem a intervenção do Estado. A livre concorrência entre os empresários regularia o mercado, provocando a queda de preços e as inovações tecnológicas necessárias para melhorar a qualidade dos produtos e aumentar o ritmo de produção. As ideias de Adam Smith tiveram uma grande influência na burguesia européia do século XVIII, pois atacavam a política econômica mercantilista promovida pelos reis absolutistas, além de contestar o regime de direitos feudais que ainda persistia em muitas regiões rurais da Europa. A teoria de Adam Smith foi de fundamental importância para o desenvolvimento do capitalismo nos séculos XIX e XX.

Principais Obras

- Teoria dos Sentimentos Morais (1759); - A Riqueza das Nações (1776).

A Riqueza das Nações

A idéia central de Smith em A Riqueza das Nações é de que o mercado, aparentemente caótico, é, na verdade, organizado e produz as espécies e quantidades de bens que são mais desejados pela população. Um exemplo pode ilustrar esta idéia: Vamos supor que os membros de uma população desejem muito consumir sorvete. Naquele momento há apenas um fabricante de sorvete. A partir do instante em que todos desejam comprar seu produto, ele pode cobrar preços muito altos. Outras pessoas na sociedade percebem que este fabricante está ganhando muito dinheiro e então decidem também entrar no negócio. Logo haverá diversos sorveteiros e todos vão querer atrair o maior número de clientes possível. Para isso, eles vão desejar produzir o melhor sorvete reduzindo seu preço para o menor possível. Este exemplo ilustra a premissa básica de Smith; o governo não precisa interferir na economia. Um mercado livre produzirá bens na quantidade e no preço que a sociedade espera. Isto acontece porque a sociedade, na busca por lucros, irá responder às exigências do mercado. Smith ainda escreve: “cada indivíduo procura apenas seu próprio ganho. Porém, é como se fosse levado por uma mão invisível para produzir um resultado que não fazia parte de sua intenção... Perseguindo seus próprios interesses, freqüentemente promove os interesses da própria sociedade, com mais eficiência do que se realmente tivesse a intenção de fazê-lo”.

A Divisão do Trabalho

Para o fundador da economia política, o fundamento da riqueza das nações está na divisão do trabalho, visto que a especialização traz consigo enorme ganho de produtividade. Se antes um homem precisava ele mesmo construir sua casa, fazer suas roupas, preparar sua comida e seus utensílios, numa sociedade com divisão do trabalho, ele pode dedicar-se exclusivamente ao ofício em que se tornará mais produtivo, de modo que poderá trocar sua produção por muito mais bens do que se ele tivesse tentado ele mesmo produzir cada bem.

A divisão do trabalho tem, segundo Smith, base na propensão à troca, que ele considera natural ao ser humano. Esta, por sua vez, baseia-se no auto-interesse de cada um. Ao se especializar e produzir para a troca, cada pessoa percebe que poderá obter, no final, um padrão de consumo maior do que aquele que obteria se tentasse desajeitadamente produzir tudo aquilo de que necessita (Riqueza das Nações). Como observa o autor em sua famosa frase (Riqueza das Nações), não é da benevolência do açougueiro, do padeiro e do cervejeiro que esperamos nosso jantar, mas sim da consideração de seus próprios interesses. Isso se explica, porque estes indivíduos produzem com o interesse de obter algo em troca, e não simplesmente para ver os outros satisfeitos de consumirem seus produtos.

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Deve-se saber que Smith não foi um economista ingênuo. Ele estava ciente dos abusos praticados por muitas empresas privadas, e denunciou as formações de monopólios, que ocorrem quando uma firma é a única produtora de um certo produto. Adam Smith também criticou seriamente as conspirações comerciais e cartéis que ocorrem quando um grupo de empresários, produtores de um mesmo bem de consumo, estabelece um determinado preço. Estes fenômenos econômicos poderiam obviamente prejudicar os trabalhos da “mão invisível” onde uma economia funciona melhor quando há bastante competição, resultando em produtos melhores sendo fabricados na quantidade apropriada e nos menores preços possíveis. As teorias econômicas de Adam Smith foram amplamente aceitas, e economistas famosos posteriormente utilizaram-nas em seus trabalhos. Sua obra, A Riqueza das Nações, foi escrita de forma clara e compreensível e foi lida e reverenciada por muitos. Seus argumentos a favor da pouca interferência governamental nos negócios, na taxação e tributação e livre comércio influenciaram a economia mundial durante o século XIX, e continua influenciando até os dias de hoje. Smith foi o fundador do estudo sistemático e organizado da Economia e um dos principais pensadores na história humana. Adam Smith faleceu em 17 de julho de 1790.

Fontes: http://pt.wikipedia.org/wiki/Adam_Smith http://www.10emtudo.com.br/artigos_1.asp?CodigoArtigo=34&Pagina=3&tipo=artigo http://www.ihu.unisinos.br/uploads/publicacoes/edicoes/1158331059.75pdf.pdf http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u337.jhtm

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